domingo, 16 de setembro de 2007

E a crônica, caro leitor...

Quando decidi me tornar uma jornalista, ainda morando no Rio Grande do Sul, certamente não foi inspirado em um repórter de televisão, tão pouco um de rádio ou jornal, quem realmente me inspirou foram os cronistas, que por lá, são muitos.

Eu lia e ficava admirada...eu já vi isso antes, eu já passei por isso antes e sempre, de alguma forma, parecia que o que eles escreviam era para mim....

Continuo admirando os cronistas, aquelas figuras sarcásticas que com bom humor e muita criatividade escrevem verdadeiras estórias da vida real. Mas hoje, no terceiro ano de jornalismo, me deparo com uma contradição. Os meus admiráveis não escrevem mais...perai, já vou explicar...

Não sei se por falta de cultura, por falta de espaço ou profissionais, as crônicas se tornaram peças raras no jornalismo impresso de Cascavel. Mas por que isso acontece?

Tentando desvendar essa charada, me dirigi ao Jornalista e professor de comunicação, Jean Paterno. Ele diz que nos jornais de interior não há o hábito da publicação de crônicas, principalmente no que se trata de pessoas nativas. " O que se vê por aqui, são apenas artigos de opinião".

Além disso, ele alega que os leitores não estão acostumados com esse tipo de leitura. "Muitos não sabem entender com clareza o que essa estrutura de texto quer passar", afirma.

Para o jornalista, Luciano Barros, o paranaense ainda tem um nível cultural muito baixo. "A raiz cultural é pobre. Mas acredito que as universidades devem fomentar a um novo tipo de leitura e conseqüentemente a crônica deve ganhar espaço", comenta.


Entrevista com o jornalista, Jean Paterno, sobre a estrutura da crônica:

ouça aqui

DivShare File - MIC00003.WAV

Para ver a entrevista completa com o Editor Chefe do jornal O Paraná, Antônio Sbardelotto é só clicar aqui

DivShare File - Filme.wmv

Nenhum comentário: